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Assustada com o livro-bomba, a seita tenta desqualificar o delegado que Lula sempre achou ‘muito respeitado’

Augusto Nunes

A esgotosfera transformou-se num tsunami de chiliques depois de confrontada com a reportagem de VEJA que antecipou a péssima notícia para quem tem culpa no cartório: o delegado Romeu Tuma Junior resolveu revelar, num livro de 557 páginas, boa parte do muito que sabe sobre bandalheiras produzidas, dirigidas e/ou protagonizadas por figurões do governo. Nomeado pelo então presidente Lula, Tuminha chefiou por três anos a Secretaria Nacional de Justiça. Demitido em 2010, esperou mais três para revidar com chumbo grosso. Ele conta coisas de que até Deus duvida.

Ainda atarantada com a prisão dos mensaleiros,a seita lulopetista decidiu recorrer à safadeza mais antiga que o Dia da Criação: se faltam aos acusados álibis sustentáveis ou mesmo desculpas esfarrapadas, resta a tentativa de desqualificar o acusador. Engajados na conversa fiada, alguns blogueiros estatizados vêm republicando trechos de artigos em que, apoiado no que afirmavam autoridades federais, defendi o afastamento de Tuma Junior. Nesta segunda-feira, ele reiterou que nenhuma das denúncias prosperou. “Não sofri uma única sanção judicial”, garantiu.

Não tenho compromisso com o erro. Se porventura foi assim, devo desculpas ao delegado. Devo também reconhecer que a razão estava com quem, à época, defendeu Tuminha. Luis Nassif, por exemplo, enxergou outra conspiração na reportagem do Estadão sobre o aparente envolvimento do secretário nacional de Justiça com a máfia chinesa que age em São Paulo. Encabeçada pelo próprio blogueiro, uma lista de vítimas que Nassif qualificou de “assassinato de reputações” incluiu o nome do secretário nacional de Justiça.

Confiram o que Nassif escreveu em 7 de maio de 2010:

“O delegado Romeu Tuma Junior consegue o bloqueio das contas do Opportunity nos Estados Unidos e sugere a utilização dos recursos no Pronasci (Programa Nacional de Segurança Pública). É alvo de um ataque, agora do Estadão, em cima de vazamento seletivo de grampos, apesar de nem o Ministério Público ter encontrado elementos para indiciá-lo. Ou seja, um grampo, que não se sabe de onde surgiu, atribuído à Polícia Federal, sem que esta confirme, é transformado em peça de acusação”.

“É preciso levar em conta a folha de serviços prestados ao país por um delegado muito respeitado”, concordou Lula na época. ”Ele é um delegado muito experimentado na polícia paulista, na polícia brasileira. É preciso esperar o fim das investigações”. Como as investigações deram em nada, o autor deveria enriquecer a contracapa do livro os testemunhos elogiosos de Lula e Nassif.

Os esclarecimentos e ressalvas acima registrados são necessários, mas irrelevantes. O que importa é o conteúdo estarrecedor do livro-bomba. O essencial é levar adiante as revelações de Tuma Junior, que continuariam exigindo aos berros confirmações ou desmentidos. Mesmo que Tuma Junior fosse um meliante de nascença, mesmo que fosse ele o mandante da morte de Jesus Cristo, o bando de alvejados pelos disparos do delegado continuariam obrigados a explicar-se.

Fatos não são revogados pela biografia de quem os testemunha. Denúncias não são anuladas pelo prontuário de quem as revela. A máfia italiana foi duramente atingida, e tanto o terrorismo de extrema-esquerda quanto o de extrema-direita acabaram desmontados, graças aos depoimentos dos pentitti, ou arrependidos. É compreensível que um ex-mafioso como Tommaso Buscetta tivesse muito mais a dizer sobre a organização criminosa do que o Papa João Paulo II. E o depoimento de um ex-militante do PCC será sempre muito mais revelador que as declarações de uma carmelita descalça.

Se Tuma Junior está mentindo, que seja processado pelas vítimas de falsidades. Se o que diz é verdade, Dilma Rousseff terá de cumprir às pressas a promessa feita por Lula em 2003: construir mais prisões federais. Um puxadinho na Papuda não bastará para abrigar a multidão.

Em Direto ao Ponto, 09/12/2013

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