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"CLAMAR E AGITAR SEMPRE": OS RADICAIS NA DÉCADA DE 1860    

Nos últimos anos, o radicalismo que voltou ao cotidiano dos brasileiros está a justificar com urgência estudos que, ao invés de botar mais lenha na sua fogueira, busquem esclarecer suas origens e características. É o que faz José Murilo de Carvalho neste “Clamar e agitar sempre”: os radicais na década de 1860.  Dono de uma obra que conjuga a excelência na articulação da ciência política com a história a um estilo acessível ao leitor culto, o autor, cujo advento na cena intelectual brasileira se deu graças ao clássico A Construção da Ordem, dedicado à formação do Estado imperial, oferece agora uma obra que esmiúça as origens da desconstrução daquela mesma ordem.

Mergulhando nos meandros da década de 1860, o autor desmente a propalada irrelevância do período ao demonstrar ter sido aquele o tempo em que a “geração Segundo Reinado” plantou as sementes do reformismo liberal que marcaria a política das décadas seguintes. O autor situa as conferências radicais nesse contexto de grande efervescência intelectual, resgatando-as do esquecimento em que se encontravam para reapresentá-las ao público.

A análise cuidadosa que as acompanha destaca dois aspectos particularmente reveladores. Por um lado, ficamos inteirados do caráter inovador de que se revestiam, na medida em que, por meio das ditas conferências, os radicais buscavam ampliar os limites da esfera pública e, em suas propostas, foram mais ousados que os próprios republicanos que os sucederam. Por outro lado, ficamos cientes dos limites do radicalismo em uma sociedade profundamente hierárquica como era a do período: a despeito da invocação constante do povo soberano em suas iniciativas, os próprios radicais pertenciam ao círculo das elites urbanas, e era nelas que, por fim, angariavam seu público.

O resultado dessa prática foi um radicalismo cuja agenda, restrita a reformas que pretendiam reduzir o Estado a um mínimo, mostrava-se desproporcional à retórica desbragadamente inflamada de que lançavam mão. À vista da experiência recente, o leitor ficará com a pulga atrás da orelha, perguntando se, em um país que continua desigual ou conservador em significativa medida, vender reformas moderadas em embalagens de extremismo não terá se tornado tradição.

Ao reunir esse precioso material histórico até agora esquecido em velhos jornais, ou disperso em publicações de difícil acesso, José Murilo de Carvalho presta mais uma grande contribuição para o melhor conhecimento da história do pensamento político de um período decisivo de nossa vida nacional.

Christian Lynch
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