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OS TEMPOS DE GETULIO VARGAS

Este ensaio vai dos primórdios de 1930 até os atribulados anos de 1950, quando o principal personagem, com um tiro no peito, encerrou sua atuação como condutor maior da cena brasileira daquela época. Segundo José Carlos Mello, os destinos de Getulio e do Brasil mudaram conjuntamente em 1930: acontecimentos que não podiam ser previstos; na melhor das hipóteses podiam ser pressentidos. Sua longa permanência no poder compreendeu duas fases bem distintas: a primeira entre 1930 e 1945 e a segunda, de mais três anos e sete meses, entre 31 de janeiro de 1951 e 24 de agosto de 1954.

Superou revoluções; saiu ileso da pedra que, na noite de 25 de abril de 1933, quase o matou na estrada Rio-Petrópolis, e de um acidente que o atingiu na Praia do Flamengo, perto do Catete; salvou-se no assalto integralista ao Palácio Guanabara; atravessou os tempos difíceis da Segunda Grande Guerra, quando se livrou da pecha de germanófilo; foi deposto pelos generais em 1945 e reposto pelo povo, cinco anos depois, em 1950.

As tendências de Vargas em favor das nações do Eixo tinham sido reveladas, oficialmente, no célebre discurso pronunciado por ele no Dia da Marinha – 11 de junho de 1942 – a bordo do “Minas Gerais”, navio capitânia da Armada, quando sustentou que estava “superada a era dos liberalismos imprevidentes”, acrescentando:  “No mundo ocidental novas forças estão surgindo”.

O livro não se furta de falar sobre as crises conjugais com D. Darcy e os casos amorosos do presidente, demorando-se um pouco mais no romance com Aimeé Lopes – mulher de Luiz Simões Lopes, chefe do Gabinete Civil de Getulio – com anotações retiradas de páginas do seu diário (interrompido em 1942): “Renova-se a aventura, beirando um risco de vida, que vale a pena correr. Para que um homem da minha idade e da minha posição corresse este risco, seria preciso que um sentimento muito forte o impelisse. Assim aconteceu”. A moça (nascida Aimée de Sá Sotto-Maior) afastou-se do marido e do amante, casou-se com o milionário americano Rodman Heeren e morreu aos 103 anos em Nova York.

José Carlos Mello escreveu uma biografia diferente, com fatos novos e até inéditos, historicamente importantes, que usou com cuidado e correção. Seu estilo é direto e límpido, num ritmo que prende o leitor do começo ao fim. Em Os tempos de Getulio Vargas conseguiu ele realizar uma façanha: a de discorrer com sobriedade e distanciamento sobre uma personalidade tão complexa e discutida como foi, em vida, o presidente, o ditador e o acadêmico Getulio Dornelles Vargas, contraditório e capaz ao mesmo tempo de ações surpreendentes, como o perdão a Prestes, e de atos mesquinhos, como a entrega de Olga, sua mulher grávida, aos carrascos da Gestapo.

Uma semana antes do suicídio, no dia 18 de agosto de 1954, Getulio chamou ao Catete o seu filho médico, Lutero, e perguntou-lhe qual era exatamente a área do seu peito em que ficava o coração. Vinte anos depois, numa entrevista que me concedeu para a revista Manchete, Lutero confessou sentir muito remorso ao constatar que seu pai alvejara exatamente aquele ponto como o mais certo e mais seguro para se matar.

MURILO MELO FILHO
da Academia Brasileira de Letras

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