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COMO VENCER UM DEBATE SEM PRECISAR TER RAZÃO

No site do Instituto Liberdade, MercadoBR Shopping, Porto Alegre:

Um manual de patifaria intelectual? Nada mais, nada menos. Arthur Schopenhauer (1788-1860) deixou inconcluso este livro breve e perturbador com que desmascara os esquemas da argumentação maliciosa e falsa, que sempre estão na moda. Por mais de um século a "Dialética Erística" ficou praticamente ignorada, até que o renascimento dos estudos sobre retórica e persuasão viesse tirá-la do esquecimento, mostrando seu potencial explosivo. Nesta edição da TOPBOOKS, com o título de Como vencer um debate sem precisar ter razão, o texto é enriquecido por comentários e notas do filósofo brasileiro Olavo de Carvalho, que seu "O Imbecil Coletivo" consagrou como um expert no desmascaramento da pseudo-argumentação. A anti-sofística de Schopenhauer comentada por Olavo de Carvalho é nitroglicerina pura.


No site www.microbiologia.vet.br, em Metodologia da Ciência / Fontes recomendadas

Como vencer um debate sem precisar ter razão - Certamente um dos livros mais polêmicos e instigantes desta lista. É um verdadeiro "manual do vigarista". E, justamente por isso, de leitura obrigatória. Não como guia de fato, mas como um detector de estratégias que fazem uso de elementos irracionais ou ilógicos. Schopenhauer conseguiu criar uma síntese que até hoje se mostra perfeitamente aplicável (como se pode observar no discurso de muitos políticos). É preciso lembrar que a ciência não é uma arena fria e imparcial como muitas vezes se pensa, mas apenas mais uma faceta da sociedade, composta de seres humanos com virtudes e defeitos (incluindo vaidade).


Trecho do livro citado no site da TJRS / 13ª Câmara Cível / Gabinete do Desembargador Carlos Alberto Etcheverry:


"O argumento ad verecundiam (dirigido ao sentimento de honra). Em vez de fundamentos, utilizamos as autori-dades, segundo os conhecimentos do adversário. Diz Sêneca: Unuscuiusque mavult credere quam judicare ('qualquer um prefere crer a julgar por si mesmo'). Portanto, o jogo nos é mais fácil quando temos uma autoridade respeitada pelo adversário. E para este haverá tanto mais autoridades válidas quanto mais limitados sejam seus conhecimentos e suas capacidades. Se estas capacidades são de primeira ordem, haverá para ele muito poucas autoridades, ou quase nenhuma. Quando muito, ele respeitará a autoridade de pessoas competentes numa ciência, arte ou profissão que para ele sejam pouco conhecidas ou de todo ignoradas; e mesmo assim com desconfiança. "Em contrapartida, as pessoas comuns têm profundo respeito ante os especialistas de todo gênero. Ignoram que quem faz de um assunto sua profissão não ama o assunto em si, e sim o lucro que ele lhe dá; e que aquele que ensina um assunto raras vezes o conhece a fundo, porque àquele que o estuda a fundo não resta, em geral, tempo para dedicar-se ao ensino. No entanto, para o Vulgus há muitas autoridades que gozam de seu respeito; portanto, se não encontramos nenhuma autoridade adequada, podemos apelar a uma aparentemente adequada, ou citamos o que alguém disse com outro sentido, ou num contexto diferente. E são as autoridades que o adversário não entende aquelas que, geralmente, mais efeito obtêm" (Schopenhauer, Arthur. Como vencer um debate sem precisar ter razão. Rio de Janeiro: Topbooks, 1997).


DE UM BLOG DA INTERNET:

SE VOCÊ NÃO PODE CONVENCER, ENTÃO CONFUNDA.

Esta é a máxima de um político brasileiro que, pra manter a dignidade deste blog, será mantido anônimo. Se você não tem argumentos para convencer seu interlocutor, então faça com que ele se perca na própria argumentação. Desvie o foco da discussão, mude de assunto - de preferên-cia para um assunto no qual você tem razão - e faça-o concordar com você. Ou, simplesmente, leve a discussão a um ponto de onde não se pode sair; nesse caso, os dois saem perdendo, mas isso é uma vantagem pra quem ia perder de qualquer jeito.

Esse tipo de discurso foi analisado pelo filósofo alemão Arthur Schopenhauer em seu Dialética Erística, que aqui no Brasil ganhou nome mais palatável: Como vencer um debate sem precisar ter razão. Eris era a deusa do caos em alguma mitologia que eu não lembro qual é. Portanto, "dialética erística" significa o uso do discurso para causar confusão.

Debater na internet significa deparar com esse tipo de argumentação, invariavelmente. O triste é que a maioria das pessoas não sabe que está utilizando esses expedientes - basicamente todo mundo acha que está argumentando de verdade. Esse tipo de atitude vem de pessoas que acham que têm a razão apenas por arrogância pura; por martelamento ideológico; por incapacidade de conclusão lógica; pela repetição (de um argumento válido) da outra parte; ou, simplesmente, pela vontade de não dar o braço a torcer; gente que debate não pra aprender, mas pra "ganhar a discussão". (Eu também chamo isso de compensação fálica...).

O livrinho do Schopenhauer relata 38 'estratagemas' para lidar com situações de debate. Alguns exemplos típicos são: argumento ad hominen - ataca-se o argumentador, não o argumento; repetição - repete-se o argumento ad nauseum até a outra parte se esgotar; argumentação circular - duas premissas são usadas para se justificar mutuamente; argumento non sequitur - uma conclusão ilógica é tirada das premissas; argumento de autoridade - o debatedor se refere a alguém cuja posição seria a priori indiscutível. Quantos desses argumentos já não se viu por aí?

Antigamente, eu era bem mais ativo nas listas de discussão que assinava. Acabei me tornando um lurker não por falta de vontade de participar, mas apenas porque toda discussão com potencial para se tornar interessante acaba, de alguma maneira, sendo destruída por gente que "raciocina" da maneira acima. É sempre frustrante. Não porque se "perde" a discussão, mas simplesmente porque ela se torna improdutiva e desgastante, e é muito difícil simplesmente pular fora, na maioria dos casos. Pelo menos é para mim, que sou inocente e desejo acreditar que a maioria das pessoas conversa sobre os assuntos para tentar aprender mais sobre eles. Mas acho que a maioria das pessoas não é assim.

(Minha solução, aliás, é justamente esta aqui: escrever no blog, que é consultado apenas por amigos, gente que eu sei que, mesmo que não concorde comigo, não vai me contradizer apenas por contradizer e, se quiser discutir, vai ser justamente porque acha que a conversa vai valer a pena).

Sei que uma argumentação não precisa ser diretamente lógica, como na lógica formal dos computadores (muito embora eu creia que seria bem mais agradável se fosse...) e bons livros sobre teoria da argumentação até ensinam como estruturar/entender um raciocínio (obs.: bom para discussões acadêmicas, é claro que a internet é bem mais formal que isso; ainda assim, é um conhecimento absurdamente útil!). Ainda assim, eu gostaria que essas discussões via internet não fossem tão horrivelmente frustrantes.

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